quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Fazer de conta



E, agora, deixamos um texto mais técnico e muito importante, escrito por uma das nossas professoras. É importante perceber que temos dificuldade em "fazer de conta" e imaginar. Ou seja, temos também dificuldade em brincar e interagir com o outro. 
No fim, surge um pequeno vídeo com um de nós a ser estimulado para a brincadeira...
Esperemos que gostem de aprender, tal como nós! 

O “faz de conta”



Brincar é uma característica que define a infância (sem dúvida). Observando o quotidiano das crianças verifica-se que elas convertem quase toda a sua atividade em brincadeira. Entretanto, entre crianças com desenvolvimento atípico, a brincadeira emerge de forma diversa, especialmente entre aquelas portadoras de transtornos globais do desenvolvimento, onde os próprios critérios de diagnóstico incluem a identificação de algum comportamento disruptivo na brincadeira, como a falta de reciprocidade social, ausência de jogos ou brincadeiras de imitação social e pobreza ou inexistência de brincadeiras simbólicas espontâneas.
Focando nas crianças com perturbação do espetro do autismo (PEA), verifica-se que a brincadeira espontânea é expressa de forma atípica. A criança com PEA brinca ao “faz de conta”? O facto de estas crianças apresentarem as suas principais dificuldades na área da socialização, o fenómeno da brincadeira terá ou surgirá distorcido.
Levar a criança com autismo a brincar, proporcionar momentos de “faz de conta”, apresentar espaços com essas possibilidades nas suas vidas (querendo com isto dizer que numa unidade de ensino estruturado se deveriam privilegiar espaços de brincar e não só de atividades ditas escolarizantes), ajuda muito a enriquecer a brincadeira empobrecida.
Esta brincadeira, dita empobrecida, pode ter consequências no desenvolvimento, como o reforço dos prejuízos típicos do próprio transtorno, bem como efeitos danosos mais distais. Dessa forma, a baixa frequência de envolvimento em atividades que possibilitam o desenvolvimento dessas habilidades, sendo a brincadeira o principal espaço para tal na infância, pode “auspiciar” as consequências negativas também para o desenvolvimento adulto. Ou seja, os déficits característicos desta perturbação prejudicam o aparecimento do fenômeno (a brincadeira) e, a ausência deste, por sua vez, possivelmente conduz a atrasos no desenvolvimento de habilidades importantes para a adaptação do sujeito (criança, neste caso) numa sociedade complexa.
Não é nossa intenção carregar negativamente este texto. O grande objetivo é a criança não focar só nas aprendizagens académicas e ajudá-las, ensiná-las, privilegiá-las com o brincar.




E foi Carnaval!!!


   E o Carnaval chegou à nossa Unidade!
  O tema foi "palhaços". Palhaços pequenos que levámos para casa, carregados de coisas doces e coisas divertidas e um palhaço grande que serviu para enfeitar a nossa porta e transmitir a todos que também gostamos de celebrar o Carnaval, uns mais do que outros, cada um à sua maneira.
  Vejam como metemos mãos à obra!
  Gostaram? Nós adorámos!  


















Férias!

E chegaram as férias! Depois de um ano letivo atípico, longe de rotinas e afetos, nos últimos três meses, chegaram as férias.  Vamos po...